Cuidado com pulgas e carrapatos
A presença de carrapatos e pulgas em animais é algo comum, mas seus proprietários devem ficar atentos e tomar uma série de cuidados, pois estes pequenos parasitas podem transmitir doenças a outros animais e, também, a seres humanos, como a febre maculosa. Para auxiliar a comunidade e esclarecer sobre medidas simples de prevenção que podem ser adotadas, a vigilância sanitária de Brusque informa sobre as principais ações de controle ambiental.
A coordenadora do órgão, Lucie Herta Hilbert, conta que as ações baseiam-se em dois aspectos principais, divididos em controle dos animais - sendo eles cães, gatos, equinos, bovinos, entre outros - bem como o controle do ambiente em geral. “Ou seja, controlar os animais e o ambiente onde vivemos”, destaca.
Além de serem extremamente resistentes, pulgas e carrapatos podem estar escondidos em frestas de pisos, madeiras, gramas, tapetes, carpetes, serragens e, até, nos utensílios utilizados nos animais. Devido à resistência desses ectoparasitas no ambiente, o tratamento apenas do animal não é eficaz para o combate e controle. Como parte de seu ciclo de vida ocorre no ambiente, este também deve ser tratado para interromper o desenvolvimento desses parasitas.
Os carrapatos e pulgas presentes nos animais representam apenas 5% do total da população. Os demais 95% estão no ambiente, em forma de ovos ou larvas de pulgas, ovos, larvas ou ninfas de carrapato. Por isso é importante sempre controlar os dois pontos.
Quando o tempo e o ambiente estiverem mais quentes e úmidos, melhor a condição para procriação e multiplicação desses animais. “Um detalhe é que os carrapatos colocam seus ovos na vegetação e também em frestas das paredes e piso. Dessa forma, todos esses lugares têm que ser tratados e não animais apenas”, reforça a coordenadora.
Saiba como prevenir
Aplique, mensalmente, ectoparasiticidas. Em conjunto, aplique produtos carrapaticidas no ambiente. A animais de pelos longos recomenda-se tosa no verão. Para os ambientes, aplique ectoparasiticidas nos canis, casinha dos cães, em plantas e canteiros, atentando para frestas nas paredes ou pisos e ralos. Repita o tratamento a cada 15 dias no caso de infestações muito severas ou 21 dias, devendo ser, no mínimo, três aplicações para interferir no ciclo reprodutivo e de desenvolvimento do parasita de forma eficiente.
Em canis de alvenaria, o uso da vassoura de fogo é muito eficaz. Repita o tratamento a cada 15 dias. Se possível, feche todas as frestas existentes nos canis ou paredes dos quintais, assim como no piso. Os produtos ectoparasiticidas devem ser adquiridos em estabelecimentos idôneos, sempre sobre a orientação de um profissional médico veterinário e respeitando as indicações do fabricante. Em caso de pessoa que entre em contato com carrapato, procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima para orientações.
Conheça os parasitas
Pulgas
A pulga do gato, Ctenocephalides felis, é a espécie de pulga mais comum em cães e gatos na maioria dos lugares do mundo. Permanentemente na pele, se alimentam de sangue de seus hospedeiros causando infestações severas que podem provocar anemia, principalmente em filhotes, dermatites, além de outras doenças sistêmicas.
Carrapatos
Os carrapatos podem transmitir várias doenças aos animais, bem como ao ser humano, como a febre maculosa. “Controlá-lo no ambiente é difícil devido à facilidade que possuem para reproduzir e se espalharem, além da resistência a alguns produtos utilizados no seu combate. Ou seja, muitos produtos não fazem mais efeito sobre o carrapato”, acrescenta Lucie.